domingo, março 27, 2005

Sexo-expresso (XI) ou o Sexo das formas

«A língua é para ser utilizada em toda a sua plenitude. Um compositor não se serve só de uma parte do teclado ou da escala. Recorre a tudo o que tem à sua disposição. Todas as palavras são utilizáveis, o que é preciso é que sejam oportunas. Que venham a propósito.
Poder dispor de um órgão tão extraordinário como é uma língua nacional é algo de fascinante.
O escritor visceral é o que não pode viver sem escrever, aquele para quem escrever é uma actividade quase biológica».
Mário Cláudio (2004)


Ao fim de 68 anos os suíços chegaram à conclusão que estava na hora de acabar com os smarties ‘entubados’ e passaram a vesti-los com um moderno hexágono acartonado que suprimia a famosa tampinha.
«É triste ver o fim do tubo e da tampinha que se tirava com um só dedo. Têm sempre que estragar o gozo das pessoas?» - disseram muitos à BBC em protesto pela descaracterização de um produto que é uma instituição nacional na Suíça (consumo per capita: 16000 smarties por minuto).
Estes sintomas de uma evidente relação afectiva do consumidor com o produto explicam-se na medida em que «a embalagem se identifica com a personalidade do consumidor e não só lhe permite o contacto com o produto que representa, como também a construção de uma percepção».
Os marketers da Nestlé movidos pela ideia antidesperdício acabaram com o gozo de procurar um smartie perdido num decote ou com a adoçicada surpresa de encontrar, de repente, um perdido no nosso bolso.
«O importante é conseguir perceber quais são os atributos físicos da embalagem que conseguem passar os atributos emocionais que são fundamentais para a marca. É um conjunto de equilíbrios, nem sempre fácil de conseguir».
NÃO PERCEBERAM FOI NADA!!!!!

1 Comments:

Blogger l said...

será que quer dizer que os H não há maneira de terem outros gostos? ou os maketers de pensarem que os homens pensam sempre no mesmo? ou as mulheres pensarem que não há bananas na despensa?
:)*

04:13  

Enviar um comentário

<< Home