terça-feira, setembro 06, 2005

Os trabalhos de Marques Mendes


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O PSD não tem para onde se virar, está que nem barata tonta!
Não consegue evitar a má-língua social (que o obriga à introspecção partidária) ou o notório estado de "desarranjo intestinal" consequente da sua "frouxa" liderança.
Por um lado tem o Palácio de São Bento ou a impotente Assembleia das Cortes Laranjas onde seus deputados não parecem cumprir as funções inquisitórias.
Por outro lado, o Palácio de Belém e o desejado Monte Olimpo de Cavaco Silva. Marques Mendes tem a consciência que só esta divindade pode constituir uma oportunidade de relançamento do PSD e, simultaneamente, arrumar a casa confusa de semi-deuses a mais (Isaltino, Valentim Loureiro, etc.).
Entretanto, enquanto não chove a determinação de Cavaco e o Conselho Nacional não queima alguns proeminentes, o líder do PSD arregaça as mangas (à Carmona???) e faz-se aos trabalhos políticos.
Desafia José Sócrates, como se as sessões parlamentares ordinárias não constituam oposição concreta e censura política («Quero deixar aqui um desafio ao primeiro-ministro. Desafio-o a ir ao Parlamento, no debate já previsto para o dia 21, discutir comigo e com os demais partidos a crise económica e social e o aumento do desemprego») e reinventa a Universidade de Verão do PSD para civilizar em três tempos (três novas iniciativas) a militância jovem que prepara o amanhã ideológico com base em modelos de líder perigosos e duvidosos.
O curioso é que as acusações de Marques Mendes a José Sócrates de «uma atitude dissimulada», «chocante insensibilidade» e o perfil «frio, arrogante, profundamente deslumbrado, que esqueceu os jovens e os mais carenciados», são pormenores do que também teve de engolir no passado e último ano e meio de governação e liderança social-democrata barrosã!
O cabo dos trabalhos!