Home, sweet Home
Desde o século XIX que nos convencemos que a nossa casa é a excelência do mundo harmonioso que não encontramos lá fora. Uma espécie de condomínio global-privado para a retirada do caos social e onde podemos largar as armas e a couraça imprescindíveis na esfera pública para nos protegermos. Não há cidadão - mais e menos abastado - que não suspire esse culto do lar tão pessoal e especial: "Ó doce lar, doce lar".
O novo ideal da privacidade conquistou em curto espaço de tempo a Europa inteira e a América do Norte. Por toda a parte, os cidadãos passaram a equipar as suas fortalezas familiares com jardim, salão, biblioteca e quarto de crianças, a decorá-las dedicadamente com fundas poltronas e banquinhos guarnecidos de franjas, com grossos tapetes, papéis de parede têxteis e pesados cortinados, a elevá-las por meio de espelhos e retratos a um reino da autoconfirmação e afirmação.
Bom, eu só tapei uns buracos no tecto, renovei as madeiras e pintei as paredes velhas, mas não seja por isso....
Está um brinquinho !!!!!!!!!!!!!!!! Bem, só depois de umas boas aspiradelas e valentes esfreganços.
1 Comments:
"eu só tapei uns buracos no tecto, renovei as madeiras e pintei as paredes velhas, mas não seja por isso....
Está um brinquinho !!!!!!!!!!!!!!!!"
Lá isso não sei, mas registo que "O Homem é poesia viva e nos seus filhos jaz o código do Futuro" também teve direito a renovação. E renovar é, afinal, questionar primeiro e ousar depois.
(Ousar é, reconheça-se, um conceito bonito, agradável, temerário, mesmo)
Bloggulk em www.kconcreto.blogger.com. br.
(não houve pachorra para um registo)
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