domingo, dezembro 19, 2004

Postscriptum

Não está menos presente na memória do cidadão a demissão de António Guterres como a de Durão Barroso, mais recente, ou a despromoção de Pedro Santana Lopes.
O sentimento de confiança no PS ou no PSD é igual, que é o mesmo que dizer nenhum, nicles, niente, nada, rient, anything!
Ambos revelam-se no fundo categorias semânticas da mesma 'politiquice da tanga' e expressões da mesma 'balda' e absentismo de honestidade política:

- O PS tem o dom da oratória pelo relacionamento histórico aos intelectuais e por isso distingue-se, tanto na eloquência narrativa como na urgência imperativa, com características herdadas do seu passado revolucionário que até deseja discreto pelas cumplicidades empresariais e económicas que reúne.
- O PSD explora com falácia o discurso relativista e instrumentaliza o 'romantismo' ultrapassado da Esquerda para fazer passar a sua expressão algoritma como imprescindível à modernização social e à lógica de classes.
Na realidade dos mais escamoteados pela tal modernidade, e provam-no os últimos governos, depende tudo de quem estiver no poder.
Melhor será dizer que o povo de cócoras é a significação real do sentido semântico das principais elites portuguesas: o PS e o PSD.
Só esperemos que o anti-depressivo genérico não seja uma 'neoditatura'.