domingo, fevereiro 06, 2005

Rómulo e Remo


A direita jurou vingar o esmorecimento democrático e fastio europeista do duplo mandato guterrista, fragilizado há muito por arritmias internas.
O moderado e discreto estadista durense zarpou para Bruxelas e logo a coqueluche 'santanete' sub-empreitou o voluntarismo e ambição presidencial do CDS (órfão e insurrecto de Manuel Monteiro) e pediu ao povo a capitulação do descrédito e superstição plebiscita numa maioria em glória: «Sêde humildes!»
Sem pejo, juraram à concordata lusitana estimar a herança (i)legítima e em uníssono apregoram a abastança e boa-ventura do próximo reinado.
Agora... agora que o nojo dos dividendos de um e os (dú)videndos de outro os afastaram da cooperação e concórdia ministerial... são como Rómulo e Remo... filharada da falência e do peculato patriótico social-democrata... irmãos ao sacrifício... não o do gume da faca patriarca... mas o do escrutínio popular.