quinta-feira, janeiro 13, 2005

A tribo santanista não conhece o decoro?

É-me verdadeiramente intrigante a (in)discrição corporativa e o (des)governo ministerial desta legislatura ‘emprateleirada’.
Não é só impressão de pormenor mas verdade indesmentível que esta social-democracia provisória - até Fevereiro - anda num estado de despeito e arrogância próprios de juventude rebelde ou de maioridade forçada.
Esta pândega demissionária e confinada a acções meramente administrativas, não será porventura tão inofensiva e neutra ao que resta da saúde e credibilidade democráticas das instituições do Estado quanto seria de desejar, mesmo estando castrada no seu mandato e projecto político.
Até o aluno mais resistente quando ao canto da sala é prostrado e vexado com a vergonha de umas valentes orelhas de burro, cala-se e poupa a sua rebeldia para momentos de maior liberdade.
Se inquirido, contém-se (mesmo que fingidor) à continuidade da humilhação e não dirá com certeza que «não é interessante ou lhe encontra motivos que o justifiquem» ou «que não está disponível para o que tem assistido nos últimos 3 dias», não sabendo nós ainda se Morais Sarmento se refere ao desmascaramento da Comunicação Social, se à incredulidade inesperada do seu protectorado (refira-se Santana Lopes).
Não se entende como um governo de poder e decisão política descontinuada e obrigado a apenas a ‘picar-o-ponto’, persiste em fazer-se representar por equívocos, falta de concordância entre titulares e quando ultrapassado pelos momentos, senão por si próprio, fazer pior a emenda que o soneto no ‘desenrascanço’ que começou claramente pela escolha de sucessor de Durão Barroso.
A mim, um atestado de incompetência deixar-me-ia a ‘piar fininho’, neutra e publicamente tão discreta quanto transparente eu conseguisse, o que não se verifica com a tribo santanista.
Desautorizada a moratória dos vários súbditos e do Primeiro-Ministro, revelam-se eles todos verdadeiras crianças amuadas e birrentas ao contrário de homens de ombridade e seriedade como nos quis convencer o mentor da chumbada Central de Comunicação:
«Num momento em que é mais fácil desistir do que resistir, parar do que combater, não desisto de acreditar que existe outra forma de fazer política» - talvez a da comunicação controlada?
Azar!

1 Comments:

Blogger musqueteira said...

O termo, "Azar" não deve ser dito em voz alta.
No Oriente, tal palavra deve ser dita, ao seu significado de "Azar" como "Laranja"!
Para não existir o dito "Azar" a quem o diz.
Ainda no Ocidente,há quem diga para o mesmo significado de "Azar", o termo "Casca de Laranja".
...Sem azares, são os códigos e os seus significados populares.

21:03  

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