Parabéns Mafaldinha
"A heroína zangada com o mundo, tal como ele é", segundo Humberto Eco e que subscrevo, faz hoje 40 maravilhosos anos.
Maravilhosos! Geniais! Inspiradores!
Faz 40 anos de impertinência salutar e de uma liberdade contestatária de tamanha modernidade, que só é pena que não a plagiem as gerações actuais e futuras. Homenageá-la é afrontar todos os dias e em todos os cantos do mundo, todos os que nos parecerem velhos déspotas e mensageiros de ódios decrépitos à dignidade humana.
Mafalda nasceu em 1964, há quase meio século, mas podia ter nascido ontem. Pertence-nos o mesmo mundo que se perpetua devassado por Guerras atrozes; vergonhosas Ditaduras; intolerantes Genocídios; perigosas Potências Mundiais; revoltantes Pactos Políticos; ameaçadores Grupos Armados; infames Extremismos; indecorosa Indiferença Humana à Pobreza/Miséria ou a ofensiva Ostentação da Sociedade de Consumo, etc...
Ainda me rasa a comoção e o desassombro quando a vejo largar um globo terrestre sobre sua cama e dizer a seguir: "O mundo está doente. Sabes porque é que este mundo é bonito? Porque é uma reprodução. O original é um desastre."
Nas palavras de Quino diria que Mafalda está para a hipocrisia medíocre como o humanismo está para a modernidade funcional.
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