quinta-feira, setembro 09, 2004

Circunstâncias da vida (II)

Apanhámos um combóio.
Impelia-nos o desejo da liberdade pela liberdade de cada um.
Éramos dois em algumas estações, éramos só um noutras.
No regresso ao que não queríamos, faláste de paixão e amor,
mas não de nós neste mundo louco.
Talvez noutro combóio, noutro tempo suspenso,
nos possamos amar, sem saber quando a viagem acaba,
sem saber quando "nós" nos extinguimos
e quando o adeus substitui o olhar e a palavra.